Não seja o mestre do floreio: não use a comunicação para esconder a sua superficialidade

A comunicação deve ser usada para compartilhar ideias, expressar emoções e criar conversas significativas com os outros. Mas alguns usam a comunicação para mascarar a superficialidade.

Não seja o mestre do floreio: não use a comunicação para esconder a sua superficialidade

Max Planck foi um físico alemão, nascido em 1858 e falecido em 1947, considerado um dos pais da física quântica. Ele foi um dos primeiros cientistas a compreender que a energia não pode ser medida de maneira contínua, mas sim em pacotes discretos, conhecidos como quanta. Isso permitiu a Planck explicar o espectro de corpo negro, um fenômeno observado na radiação eletromagnética. A teoria de Planck foi um dos primeiros passos para a compreensão da natureza quântica do mundo e foi fundamental para o desenvolvimento da teoria quântica moderna.

Depois que Max Planck recebeu o Prêmio Nobel de Física em 1918, ele percorreu a Alemanha dando uma única palestra sobre mecânica quântica. Um dia, o motorista notou que o físico estava cansado (diz a história), e então sugeriu que ele tomasse o lugar de Planck em Munique, enquanto o professor ficasse com o seu chapéu do motorista sentado na primeira fila. Planck achou aquilo interessante e decidiu embarcar na doidera. Assim, o motorista apresentou sua longa palestra, dando detalhes dos estudos e todas as informações que Planck geralmente expunha para os ouvintes.

Ao final da palestra, um professor de física fez uma pergunta para o pseudo-palestrante. Prontamente o motorista respondeu: "Estou surpreso de que, em um lugar como Munique, alguém perguntasse algo tão básico. Deixe-me solicitar ao meu motorista que responda à sua pergunta".

Podemos questionar se a história é totalmente verídica ou se houve perdas de detalhes durante as milhões de vezes que já foi contada, mas a moral dela é clara: existem dois tipos de conhecimento. Um deles é o autêntico. O outro é o falso superficial, que é o conhecimento do motorista.

Não seja um apresentador de TV

Nada contra. Sério. Existem pessoas que se comunicam bem e tem o talento de conectar você ao discurso. Apresentadores de TV são assim. Mas eles são atores, ponto final. Todo mundo sabe disso. Todo mundo entende como funciona a TV. Alguns deles podem até se interessar de verdade sobre um determinado assunto, mas com certeza eles não são os reais especialistas naquilo que é falado. Alguns comentaristas conseguem ir um pouco mais profundamente em determinadas verticais. Mas eles também chegam num determinado limite da complexidade que apenas alguém, com dedicação acima da média, conseguem realmente sair dos limites do que é ser apenas um "showman".