A Matriz de Inovação é geralmente usada para mapearmos os modelos de negócio da empresa. Esse, na verdade, é o uso correto dessa matriz. Mas, acredito ser totalmente possível usarmos essa mesma Matrix para mapearmos oportunidades do produto.
A priorização é a principal responsabilidade da gestão de produto. Contudo, PMs costumam realizar uma priorização muito micro, focando em histórias, e talvez até épicos. Vejo que, nem sempre, PMs conseguem priorizar oportunidades. Não ao nível de feature, mas, ao nível de produto, ou seja, priorizar temas que podem trazer resultado para o negócio e para o produto.
Essas matrizes foram elaboradas pelos consultores Geoff Tuff e Bansi Nagji da Delloite. Queria abrir um parênteses aqui: geralmente pessoas de produto (inclusive devs) tem um ranço de consultorias. Eu entendo e também aprendi a lidar com isso. Contudo, não podemos ser ingênuos e achar que consultorias são monstras destruidoras de empresas. Pelo contrário, elas têm uma capacidade incrível de entender problemas complexos e gerarem soluções, processos, métodos e frameworks para que empresas, consigam resolver ou, pelo menos, entender um pouco melhor os problemas que precisam solucionar. Dessa forma, consumo muito conteúdo de grandes consultorias, porque geralmente trazem insights que eu não encontro na área de produto, ou se encontro, são adaptações de algo que uma consultoria já fez anteriormente.
Como funciona a Matrix de Inovação?
A Matrix de Inovação serve para você categorizar as oportunidades de negócio da sua empresa em três níveis elementares de atuação:
- Core: nível onde a empresa deve otimizar e evoluir produtos e serviços para os clientes que ela atende atualmente;
- Adjacente: nível onde a empresa precisa expandir o negócio, seja com soluções novas para a empresa ou até impactando clientes que ainda não são atendidos;
- Transformacional: nível mais amplo de inovação e talvez disrupção, onde a empresa precisa construir novos produtos e novas soluções para mercados e clientes novos. Às vezes, até mesmo criar e desenvolver mercados que ainda nem existem ou são muito insipientes com alto nível de incerteza. Um bom exemplo é a Meta;