Squads: o que há de bom, mau e feio, e como pensar com padrões alternativos

Estruturar times cross-funcionais em squads não é a bala de prata. E mais ainda, a obsessão por times e responsabilidades individuais é frágil, e há padrões alternativos e mais robustos.

Squads: o que há de bom, mau e feio, e como pensar com padrões alternativos
Photo by Blake Guidry / Unsplash

Você sabe de onde vem o termo squad? Se você não sabia, veio deste paper do Spotify, de 2012. E hoje é tido, por um lado, como um modelo de sucesso para acelerar inovação e produtividade, com isto trazer mais agilidade para organizações. Se você já conhece, você sabe que ele é vendido como uma espécie de bala de prata nas chamadas transformações ágeis (ou digital, ou qualquer variação que implique mais ou menos o mesmo).

E aí é que mora um grande problema…

Não podemos sequer "culpar" a Spotify, ou mesmo os autores, Henrik Kniberg & Anders Ivarsson, pois sempre esteve um tanto claro que o que foi documentado no artigo era, em parte, aspiracional, mas mais importante fruto de um processo emergente, ainda em processo e com experimentação e aprendizado dinâmico sendo incorporado regularmente.

Cerca de uma década se passou, e mesmo já alguns anos há sinais que a proporção com o que emergiu e funcionou por um tempo para eles, no contexto Spotify, facilmente pode falhar quando adotado como o modelo a ser seguido,  em outros contextos. Na verdade, já houve falas de gente da própria Spotify neste sentido, alertando que sequer a Spotify trabalhava exatamente daquela forma articulada no artigo mesmo depois de só alguns anos da publicação. Imagine agora, passada toda uma década!?