A Fórmula 1 existe há mais de 70 anos e, gradualmente, espalhou pelo mundo a paixão pela disputa automobilística. Diferentemente de outras categorias esportivas, na F1 velocidade é apenas um elemento: tecnologia dos carros, performance dos pilotos, estratégia das scuderias e até design das pistas geram discussões acaloradas.
E o que isso significa? Que a F1 possui diversas formas de produzir conteúdo. A transmissão do Grande Prêmio é o suprassumo, que mobiliza todas as suas redes de distribuição - que inclui redes sociais, o aplicativo F1 Pro e jogos de videogame.
Desde que a Liberty Media comprou a Fórmula 1, em 2016, se viu diante de um desafio: uma dívida de mais de US$ 4 bilhões e a tarefa nada fácil de expandir sua audiência. Antes dessa aquisição, ficou famosa a frase do antigo CEO, Bernie Ecclestone, sobre a categoria:
"Estão me dizendo que tenho que achar um canal para conseguir fazer esse garoto de 15 anos assistir a F1, porque alguém quer colocar uma nova marca na frente deles? Eles não vão se interessar nem um pouco. Jovens vão ver a marca Rolex, mas vão sair e comprar um? Eles não podem comprar. Nosso outro patrocinador, a UBS - essas crianças não se importam com bancos. Não têm dinheiro o bastante para colocar nos bancos. Prefiro atingir um rico de 70 anos. Não há motivo para tentar atingir essas crianças porque elas não vão comprar nenhum dos produtos aqui e, se os marqueteiros estão mirando este público, talvez devessem anunciar na Disney”
Embora a frase carregue o mofo de algo retrógrado, ela revela como os negócios eram conduzidos na F1: fechava-se um contrato de transmissão com emissoras locais e, então, era compartilhada a receita dos anunciantes.