A revolução industrial modificou não apenas a forma com que criamos e produzimos produtos físicos, mas também como nós consumimos. Hoje, mais do que nunca, comemos e compramos coisas que não precisamos. O marketing gera desejos desnecessários e dezenas de síndromes são criadas por que não estamos no pico da onda. O acesso à informação que a internet e a web trouxeram para as massas, ajudaram pessoas a mudarem seus comportamentos pra melhor e para pior. O consumo não controlado de informação, de todas as qualidades e gostos ajuda a polarizar sociedades, direciona grande parte das pessoas para bolhas digitais, aumentando o preconceito e ceifando o diálogo.
O Rutger Bregman começa seu livro Utopia para Realistas mostrando como o mundo melhorou nas últimas décadas. Embora ainda haja pessoas passando fome, mal nutridas, sem trabalho e sem uma casa para morar, de repente bilhões de pessoas se tornaram ricos, limpos, inteligentes, saudáveis e até mais bonitos. Em 1820, 84% da população mundial vivia na faixa de extrema pobreza (extrema pobreza significa viver com menos de USD$1,90 por dia). Em 1981 essa porcentagem já tinha caído para 44% e atualmente está por volta de algo em torno de 10%. Aqui no Brasil, o número de brasileiros em situação de pobreza extrema subiu 11,2% entre 2016 e 2017, passando de 13,34 milhões para 14,83 milhões.
O Hans Rosling tem um vídeo muito bom que explica uma série de outros números e fatos importantes, inclusive a queda da extrema pobreza no mundo inteiro.