Já são 7 horas. O despertador do celular toca. Me desperto e a primeira coisa que faço, ainda com a visão um pouco embaçada, é abrir o meu email em busca de novas mensagens que chegaram durante à noite. Olho logo em seguida o meu linkedin e o instagram. Depois de alguns bons minutos imerso num loop de pequenos vídeos, volto a mim e percebo que tenho que levantar. E levanto, com o celular na mão.
Fiz café, me arrumei (que para o home office significa colocar qualquer roupa e talvez pentear o cabelo) e comecei a trabalhar. Tenho várias mensagens no Slack, alguns muitos emails, e logo já entro na primeira de uma série de reuniões do dia. Já na primeira reunião, deixo o celular do meu lado, e abro a todo momento o email, o linkedin e o instagram, porque vai que tem algo, né?
Acabo o dia cansado mentalmente, ou diria esgotado. Por incrível que pareça, não me sinto bem. Parece que não fiz nada. Parece que devo algo para alguma entidade interestelar. É um sentimento estranho de culpa ou será frustração? Ou os dois?
Esse relato é do meu passado não tão tão distante assim. Mas eu chuto dizer que poderia ser o relato de muita gente. A gente vive numa sociedade super acelerada, bastante dispersa e que se culpa por não produzir o tempo todo.
Concordo muito com o Diogo Cortiz
Nossa mente não descansa mais. Nós somos realmente capatazes de nós mesmos. E no dia a dia, a gente faz um monte de tudo e termina um pouco de nada.
