A IA e o futuro dos negócios: Uma dança entre a linguagem interpretativa e o ócio criativo

IA reinventa a "liberdade de criação" na linguagem, inspirando inovação nos negócios. O desafio: promover o "ócio criativo" sem aprofundar a desigualdade no trabalho.

A IA e o futuro dos negócios: Uma dança entre a linguagem interpretativa e o ócio criativo
Photo by Google DeepMind / Unsplash

"Colorindo fora das linhas". Esta metáfora, inspirada na concepção do renomado linguista Noam Chomsky de que a linguagem é um processo de livre criação, assume uma relevância especial na era da Inteligência Artificial (IA).

A IA está reinventando essa "liberdade de criação" ao dominar cada vez mais o uso e a compreensão da linguagem humana, abrindo novos caminhos para a inovação nos negócios.

Chomsky, uma figura influente do século XX no campo da linguística, postula a existência de uma “gramática universal” subjacente a todas as línguas humanas - um conjunto inato de regras estruturais que governam a organização da linguagem. Este conceito encontra um paralelo intrigante na IA moderna, especificamente no ‘Transformer’, um modelo de rede neural que tem sido fundamental para os avanços mais recentes na compreensão da linguagem pela IA.

O “Transformer”, introduzido pelos pesquisadores do Google Brain em 2017, representa uma grande mudança na maneira como as máquinas entendem a linguagem. Em vez de processar as palavras de um texto de maneira sequencial, o Transformer usa uma abordagem baseada em atenção, ponderando a importância relativa de cada palavra no contexto das demais. Isso é surpreendentemente semelhante à ideia de Chomsky de que a compreensão da linguagem depende não apenas de palavras individuais, mas também de suas interações dentro de uma estrutura maior.