Will Shu trabalhou por alguns anos no mercado financeiro, e com frequência ficava até tarde da noite enrolado com as coisas do trabalho. Em várias dessas noites de fome, ele percebeu o quão difícil era encontrar boas opções para pedir comida.
Foi então que ele resolveu, finalmente, tirar uma antiga ideia do papel. Se juntou com um amigo de infância e começou uma startup chamada Deliveroo.
No início do negócio, Will trabalhou durante 8 meses entregando comida e conhecendo seu negócio de ponta a ponta. Isso o ajudou a escalar sua empresa e conseguir os primeiros investimentos.
Hoje a Deliveroo opera em 500 cidades em 14 países. Em maio deste ano (2019), a Deliveroo recebeu mais um aporte, dessa vez da Amazon, no valor de US$575 milhões. Até hoje nos eventos que a Deliveroo faz para seus entregadores, Will é sempre lembrado como "first rider" da empresa.
Testar é insuficiente para entender seu produto
Eu acredito que muitas vezes não basta testar seu produto, muitas vezes você precisa também ser um usuário.No dia a dia de produto, é comum acompanharmos os principais indicadores, o que os usuários estão falando nas pesquisas de NPS, no atendimento ou mesmo em grupos do Facebook e demais redes sociais. Também existem diversas técnicas e ferramentas que ajudam a entender como os usuários usam nossos produtos, desde um simples Hotjar até entrevistas com usuários.
Ao redor do mundo, muitas empresas tem adotado uma forma muito interessante, chamada Dogfooding, que é a prática de você usar seu próprio produto como o usuário. Um exemplo fácil é imaginar as pessoas que trabalham no Slack, usando o Slack para se comunicar.
No iFood temos uma iniciativa chamada “Eat your own dog food”, em que vivemos na pele como é o dia a dia dos nossos usuários, entregadores, restaurantes e clientes. Para nós, entender a experiência iFood como cliente é fácil, já todos os dias centenas de pessoas pedem seu almoço pelo App aqui no escritório.
Quando falamos de entender restaurantes e entregadores, precisamos ir para a rua e sentir na pele como é. As pessoas que participam da iniciativa, compartilham sua experiência internamente e sempre trazem novos insights que dificilmente existiriam se estivéssemos sentados no escritório.