Quando eu iniciei em produto, foi em um escopo de consultoria e sabe o que era engraçado? Que os materiais que eu consumia, gratuitos e pagos, focavam na rotina de um profissional que trabalha com um produto único fechado da própria empresa, como o produto do Nubank, Slack e outros.
“Os tickets desse problema cresceram nos últimos meses.”
“O framework vai servir para discovery de novas features do produto.”
“Os eventos serão úteis para identificar novas oportunidades.”
E eu só conseguia olhar para o meu dia a dia de trabalho e ver que várias coisas não eram iguais:
- Eu não tinha acesso a muitas métricas de produto para olhar, já que o produto era do meu cliente e alguns possuem receio de compartilhar certos dados e estratégias. Por vezes, também, não possuíam tanto entendimento sobre estratégias e métricas, então o meu exercício de liderança por influência sobre o meu cliente (ou seu PM) era fundamental para conseguir orientar nesse aspecto; as métricas que olhava eram as do scrum. Eu estava mais centrada em entender a performance no delivery como: lead time, cycle time, velocity, histórias por versão;
- Eu não trabalhava como a única Product Manager, sempre atuava em pares, como a ideia de pair programming. Fosse com alguém da própria empresa e/ou PM da equipe de tecnologia do cliente;
- Meu foco era na experiência do meu cliente da consultoria usando o produto e o cliente do meu cliente (usuário final) e não apenas com foco no usuário final;
- Tinha Dailys ou Weeklys com time do cliente e não somente com o meu squad;
- Para acessar o usuário final eu tinha que ter intermédio do meu cliente e não podia fazer isso diretamente.