A teoria de JTBD foi criada por Tony Ulwick em 1991 ou seja, não é algo novo, como a maioria dos frameworks que existem hoje. Toda a teoria com exemplos práticos e resultados está contemplada no livro Competing Against Luck (Muito Além da Sorte), do Clayton M. Christensen, que aliás, pode ser considerado o responsável pela teoria ter sido tão disseminada nos dias atuais.
Na obra, o autor defende a ideia de que para a criação de um produto ou serviço de sucesso, as empresas precisam entender profundamente as tarefas que seus usuários querem realizar dentro de um determinado contexto, ou seja, o produto ou o serviço acaba sendo um meio para permitir que nossos usuários realizem aquela tarefa.
JTBD competitive analysis quantifies how fast and accurately a competitor’s product feature satisfies the customer needs in the job-to-be-done.
Para melhor entender como vamos ajudar os usuários a realizarem a tarefa que desejam realizar, é necessário entendermos quais as motivações e necessidades para que essa tarefa seja realizada, só assim, estaremos desenvolvendo algo que realmente atenda a dor dos nossos clientes e que nos diferencie no mercado.
A Estrutura dos Jobs
A maneira de declarar um job é bem simples. Ele é composto de
Verbo de ação + Objeto de ação + Circunstância/Contexto (opcional)
Exemplo: Chegar (verbo) em um lugar (objeto de ação) a tempo (Circunstância/Contexto)
Para declarar o job de maneira correta, a seguintes dicas são super importantes:
- Um job é estável no tempo - ele não muda com frequência.
- Quando falamos de job, não estamos nos referindo a nenhuma solução e nem a tecnologias.
- Tem a perspectiva do executor do job: não é sobre o que a organização faz para entregar um serviço, mas sim, o que o cliente quer realizar.
- Pode conter circunstâncias que estão relacionadas a tempo, maneira, lugar, finalidade - quando o usuário quer fazer aquele job? Como ele quer fazer? Para que ele quer fazer?
Como captar os Jobs
Existem 2 maneiras de capturar os jobs do cliente. Você pode:
1) Falando com pessoas que possivelmente tem a dor do problema que você acredita que existe e que você quer resolver criando um novo produto.
2) Falando com os seus usuários atuais, os quais já "contratam" o seu produto para realizar algum job, mas que não necessariamente você entende com detalhes qual job é. É uma ótima oportunidade para ganhar o controle das evoluções no seu produto e sair da seara de ideias.
Algumas perguntas para melhor mapear o trabalho do seu cliente atual: