O algoritmo da liderança

Personalizando a forma como você lidera

O algoritmo da liderança
Photo by Markus Spiske / Unsplash

Atualmente, vivemos em um mundo em que cada vez mais consumimos entretenimento ou compramos produtos desenvolvidos diretamente para nós.

Nas plataformas de streaming, o algoritmo nos direciona conteúdos de acordo com o assunto que mais consumimos; nas redes sociais, são apresentadas promoções e feitas ações de marketing de acordo com o nosso perfil, e poderia citar muitos outros exemplos que confirmam isso.

O poder do algoritmo é tão fantástico, que ele consegue identificar qual o perfil da pessoa que o está utilizando, analisando o padrão de uso de cada um naquele momento.

Um exemplo prático e pessoal que posso compartilhar  é sobre minhas  duas filhas: elas compartilham um mesmo perfil no YouTube, mas em dispositivos diferentes e o YouTube já sabe apresentar conteúdos personalizados para cada uma delas em função do dispositivos que usam.

O mesmo posso afirmar que acontece comigo, uma vez que na minha TV costumo assistir um tipo de conteúdo e no meu celular outro, e o algoritmo sabe identificar qual o dispositivo estou utilizando naquele momento e apresenta conteúdos diferentes em diferentes situações, apenas por entender meu perfil de utilização.

Mas você deve estar se perguntando agora: “OK, mas o que isso tem a ver com liderança?”.

Acredito que não seja necessário explicar em profundidade o quanto as pessoas diferem e são importantes para as empresas e que, sem as liderar efetivamente, nenhuma companhia terá sucesso. As empresas precisam de pessoas motivadas e comprometidas diariamente com o seu trabalho para que a companhia possa alcançar os resultados esperados para entregar valor naquilo a que se propõe.

Neste contexto, o líder, como a camada que possui mais contato e influência  sobre as pessoas, deve entender como liderar cada indivíduo e como a sua liderança pode exercer impacto na motivação e na performance de cada liderado.

O líder pode utilizar algumas ferramentas, como as que o Management 3.0 propõe, mas se ele as utilizar sem conhecer o contexto em que está inserido, sem entender as pessoas e sem saber como trabalhar os resultados delas obtidos, pode acabar gerando um efeito oposto ao desejado. Isso acontece porque, em vez de motivação, pode gerar desmotivação e incredulidade dos liderados quanto a utilização destas ferramentas.

Entendendo a personalidade para entender a pessoa

Atualmente, muitas empresas já se utilizam de ferramentas para avaliação comportamental no processo de seleção. Hoje existem diversas delas no mercado para que os líderes possam utilizar, a fim de ter informações mais concretas e embasadas sobre sua equipe:

  • MBTI (Myers-Briggs Type Indicator): ferramenta que classifica pessoas em 16 tipos de personalidades diferentes, levando como base 4 dicotomias Extroversão (E) vs. Introversão (I); Sensação (S) vs. Intuição (N); Pensamento (T) vs. Sentimento (F); Julgamento (J) vs. Percepção (P). 
  • DISC: talvez o mais famoso desta lista, classifica em 4 diferentes dimensões do comportamento.
  • PDA: Ferramenta de análise comportamental, baseada no DISC, que possui 17 perfis de comportamento.

O que todas essas ferramentas têm em comum é o objetivo final, ou seja, trazer informações que vão auxiliar no entendimento sobre o que motiva uma pessoa daquele determinado perfil, quais os comportamentos padrões que podemos esperar de uma pessoa e também auxiliar na tomada de decisão a respeito de cada um dos perfis.

A importância do líder neste contexto

O tema liderança já vem sendo discutido há muito tempo. Hoje as pessoas não querem mais ter chefes, mas sim líderes. Cada dia mais, as pessoas procuram por líderes que se conectem com elas, que entendam elas e que, de certa forma, se moldem a elas.