Desde que comecei a liderar sempre procurei encontrar maneiras de deixar o mais claro possível onde uma pessoa está na carreira e quais os caminhos que ela pode seguir dentro da carreira na empresa.
Não saber em que ponto eu estava e qual o próximo passo que eu poderia dar era a coisa que mais me incomodava no meu trabalho. E foi exatamente porque isso me incomodava tanto, que eu fui evoluindo modelos e modelos durante esses anos para deixar o mais lógico e visível possível a carreira das pessoas que eu lidero, até chegar nesse ponto, onde na Vindi onde evoluí o modelo de forma colaborativa com a equipe.
Quando eu falo lógico, é realmente ter uma maneira estruturada de decidir se uma pessoa merece subir de nível ou não e tentar tirar grande parte da percepção, que é o mais comum ainda no mercado nos processos de avaliação. O que significa por exemplo a pessoa “Assumir todas as obrigações com autonomia e assumir riscos.” ou “Trabalha com ética e constrói relações estratégicas e duradouras.”?
O problema da percepção é que ela também depende da perspectiva da pessoa que está avaliando. Então o que pra mim pode ser que a pessoa se supere, para outra a mesma pessoa pode estar abaixo da média. No final quem está certo? O gestor? O par? O diretor? Difícil de dizer né!
A estrutura que vamos apresentar aqui agora, ainda depende da percepção das pessoas, mas eu tentei estruturar de uma forma que também precise de evidências. No final, na minha visão, o que mais importa foram os resultados que as pessoas atingiram e não necessariamente o que elas entregaram para isso. Porém, para entregar resultados, as pessoas ainda vão precisar desenvolver competências na área que elas estão e além disso, estar dentro dos valores da empresa. Por isso, retirar a percepção é algo que nem é saudável para avaliação da pessoa. Não adianta entregar muito resultado se a pessoa está passando por cima de todo mundo.
Duas trilhas de carreira de Gestão de Produto
Eu prefiro seguir o que é chamado de carreira em Y, onde temos uma trilha para Especialista e uma trilha para Gestão. Eu faço questão de ter uma trilha técnica para evitar que ótimos profissionais com perfil técnico se frustrem na carreira de gestão porque essa seria a única maneira de crescer na empresa.