Não é de hoje a pergunta que afoga o pessoal de produtos em dúvidas: e aí, será que o mercado melhora? Desde o estouro da bolha nas carreiras digitais, o mercado tem, aos poucos, mostrado tentar um equilíbrio.
Em meio a layoffs que ainda assombram aqui e acolá, algumas oportunidades têm, ainda que em um volume meio tímido, surgido para acalmar um pouco os ânimos e realocar tanta gente boa que está buscando a oportunidade certa por aí.
Mas qual será que foi, de fato, o tamanho do estouro dessa bolha?
Fiz uma pesquisa usando o LinkedIn Talents Solution para entender um pouco dos números.
Considerando as pessoas que, em seu perfil, se declaram como profissionais de produto*, temos uma volumetria bem expressiva de profissionais. São cerca de 95.000 pessoas cadastradas com a localização em “Brasil”, das quais 32.000 (34%) estão com o selo “open to work” ativo em seu perfil.
*foram pesquisados os papéis de “especialista de produto”; “product manager”; “product owner”; “associante product manager”; “group product manager”; “gerente de produto”; “growth product manager”; “product marketing manager”; “product ops”, e suas variações de cargo (como “product manager I”, “product manager II”, etc). A pesquisa ocorreu em 04/04/2024 e baseia todo o estudo.
Para ter uma comparação a nível global, quando tiramos o filtro de localização, o volume de pessoas cadastradas sobe para 3.7MM, das quais cerca de 1MM (27%) está com o selo open to work ativo. Considerando esta amostragem, podemos dizer que o volume de profissionais de produto localizados no Brasil buscando abertamente uma nova oportunidade é 8% maior que no restante do mundo.
Os países que concentram o maior volume de pessoas de produto são Estados Unidos (950k), Inglaterra (300K), Canadá (200K) e Índia (190K). O Brasil fica em 7º lugar no ranking.
E onde trabalham?
Da amostragem selecionada na pesquisa, é possível inferir quais empresas possuem os maiores times de produto no mercado.