Desde 1958, após uma sequência de acidentes aéreos envolvendo o De Havilland Comet, primeiro grande avião comercial de passageiros, autoridades americanas passaram a exigir o uso das chamadas “caixas pretas” nas aeronaves, como forma de entender as causas e prevenir a ocorrência de acidentes dessa natureza.
As primeiras versões deste equipamento mediam apenas 5 parâmetros: direção do voo, altitude, velocidade em relação ao solo, aceleração e tempo. A partir da década de 60, a aceleração do desenvolvimento de novas tecnologias ajudou a aumentar o volume de informações coletadas, de modo que o trabalho de antecipação e previsão a possíveis falhas foi ficando cada vez mais assertivo, o que tornou os acidentes aéreos em voos comerciais de grande escala um fenômeno raro hoje em dia.
Da mesma forma, quando um projeto não evolui como esperado, é importante que se faça um exercício sincero de lições aprendidas, que possa retroalimentar o seu processo de desenvolvimento de produtos e promover no seu time uma mentalidade de melhoria contínua e crescimento.
Pensando nisso, trouxe aqui algumas das lições aprendidas mais importantes que tive na minha jornada trabalhando com produtos, com a expectativa de que possa te ajudar no seu próprio caminho:
"Quando se navega sem destino, nenhum vento lhe é favorável" (Sêneca)
Quando não se tem clareza da Estratégia, ou no mínimo quando ela não foi bem definida, todo caminho que se toma é um passo na direção errada. E é melhor andar 1km na direção certa do que 10km na direção errada. Minha percepção é de que, muitas vezes, investe-se pouco tempo nas fases iniciais de definição da estratégia e de planejamento tático, e o preço disso é cobrado na etapa de execução do projeto.
Ter clareza da relevância do objetivo que está sendo perseguido e métricas consistentes que ajudem a monitorar se os ponteiros estão sendo de fato mexidos, pode te ajudar a fazer um pouso de emergência, economizando custos e recursos da empresa quando houver necessidade de redirecionamento do foco.