Em 2023 no cenário econômico mundial oscilou muito, com sinais positivos sobre o controle da inflação nos mercados globais, mas com as economias crescendo pouco e muitas delas flertando com a recessão.
É certo que num cenário instável como esse, teremos muito menos apetite de risco por conta dos investidores de capital de risco (VCs) e isso impacta diretamente a grande maioria das startups de tecnologia no globo, fazendo com que tenham que buscar lucratividade a qualquer custo.
Por conta disso, tivemos um cenário bastante conturbado no Brasil e no mundo, principalmente nos EUA, com muitas demissões em massa, que impactaram diretamente o mercado de tecnologia e claro, da gestão de produto.
O meu sentimento (é só um sentimento porque não tenho dados para comprovar) é de que o mercado de gestão de produto retraiu e em algumas empresas, o papel do PM passou por transformações profundas. Todo mundo lembra do borburinho do Brian Chesky na Config do Figma neste ano, não?
E, por fim, tivemos a explosão da Inteligência Artificial, personificada no ChatGPT, que traz várias incertezas para o mercado e para diversas profissões, inclusive a do Product Manager (PM).
Para 2024, o cenário não parece entrar em águas calmas, na verdade, pode vir mais tempestade por aí. É fato, o PM de palco, aquele que leu Martin Cagan e fez um curso de 20 horas e já achou que era especialista (muito por culpa do mercado permitir isso), terá sérios problemas em navegar no próximo ano.
O que vejo como essencial é o PM buscar entender melhor como cenário está e se adaptar as mudanças que acontecerem, buscando ganhar novas habilidades que forem necessárias para não ficar para trás na tempestade.
Falando em tempestade, vejamos um pouco do panorama do mercado.