Por que estamos falando disso?
Tenho me assustado com a quantidade de relatos que ouvi ultimamente de pessoas de produto passando por situações de estresse extremo e esgotamento mental. Isso despertou minha curiosidade para entender mais sobre o assunto.
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Stanford (2019) buscou entender a correlação entre estresse no ambiente de trabalho e custos ao sistema de saúde americano. A conclusão foi de que todos os anos são gastos cerca de U$ 190 bilhões para tratar doenças originadas pelas condições de trabalho estressantes.
Fica ainda mais preocupante quando vemos, de acordo com a mesma pesquisa, que foram registradas 120 mil mortes anuais com causa relacionada ao estresse no trabalho. São números que dão força à importância de falarmos com seriedade sobre este assunto.
Trabalhar com produtos significa lidar com ambientes que têm mais incertezas do que certezas, por muitas vezes com altas expectativas e pressão constante por resultados. Mas é preciso refletir sobre onde termina a cobrança saudável de um ambiente desafiador que nos leva ao crescimento e onde começa um ciclo tóxico de adoecimento que leva à retração da nossa capacidade de entrega.
Mas o que é o burnout?
De acordo com o Ministério da Saúde, a Síndrome de Burnout é “um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastantes, que demandam muita competitividade ou responsabilidade”.
Como isso afeta as pessoas de produto?
Há muitas maneiras que nós, pessoas de produto, podemos ser afetados por essa síndrome, principalmente quando os objetivos pautados parecem fora da realidade ou muito além da nossa capacidade, dadas as inúmeras dependências e questões políticas que estão fora da esfera de controle de um PM.