Constantemente vemos companhias falando sobre cultura, sobre mudança de mindset e sobre como ser disruptivo com essas mudanças. Porém, muitas vezes o que se encontra é uma nova roupagem em velhos hábitos. Em produtos isso também é frequente, converso com muitos pares que se sentem entusiasmados com novas abordagens trazidas pelas suas empresas quando se fala em produtos digitais.
No final, o que ocorre muitas vezes está longe de alcançar o resultado esperado. O que se entrega é uma grande mudança de topologias, crenças por parte dos líderes de que os processos estão ocorrendo como deveriam, novos PM’s frustrados e com receio por não terem uma orientação clara do que é esperado ou nem saber a quem recorrer e mais produtos que não entregam qualquer valor para o cliente final.
Mas afinal… de quem é a culpa?
Brincadeiras à parte, aqui não acho que vale tentar encontrar culpados. Ano passado na Product Camp, ouvi uma apresentação do Alexandre Spengler onde ele falou sobre como evoluir organizações de produtos, mostrando que o movimento não pode ser somente TopDown ou BottomUp e sim em ambas as direções.
Partindo do conhecimento de que a cultura, em todas as suas aplicações, leva tempo para ser alterada e se estabelecer como o comportamento esperado — da cultura como cultivo da agricultura aos padrões sociais e manifestações artísticas — acreditar que apenas em uma reunião de 02h ou um curso de uma renomada escola vai nos levar a esse novo modelo.
Agora que estamos na mesma página, espero levar vocês a pensar nessa criação de cultura como uma jornada de usuário, também anseio que em algum momento o “Aha moment” aconteça e caso não, vou precisar analisar os dados e soltar um novo artigo v2.