Saudações, leitor(a)!
Espero que você esteja bem e confortável quando começar a ler esse texto. Sente-se confortavelmente, pois se você chegou até aqui criou alguma expectativa mínima sobre o título. Afinal, quando pensamos no dia a dia de uma pessoa de Produto, a imagem que melhor representa – na minha humilde visão – é a seguinte:
Fonte: npg.org
O cotidiano em Produtos é, naturalmente, caótico e por mais organizado que você seja não há como estruturar muita coisa, afinal sempre surge uma demanda de última hora, um pedido daquele stakeholder-chave, um bug que ressurge das cinzas (como uma fênix). Eu costumo fazer a analogia que ser uma pessoa de Produto é dançar no caos. É, literalmente, ver tudo “pegando fogo” e, ainda assim, conseguir ter calma e falar “tá tudo bem!”.
Por mais que pareça uma metáfora inocente, quase como o meme acima, é uma realidade de quem minimamente viveu ou vive essa realidade vai se identificar. Se você se identificou, bom, você está no lugar certo!
O objeto deste artigo é partilhar com vocês algumas estratégias que utilizei e ainda utilizo no meu dia a dia de Produto para construir atalhos no entendimento das demandas dos usuários. Quando falo partilhar é entender que não sou o dono da verdade, muito menos a minha realidade vai cobrir todos os pontos, muito menos esgotar este assunto. Afinal, o entendimento do usuário, que faz parte do “espaço do problema” (ou discovery) é algo muito maior do que as dicas que trarei aqui.
Vamos juntos?!
Sistematizando a “escuta” do usuário
Os melhores cursos e teóricos da área de experiência do usuário e, consequentemente, de Produto afirmam que você deve conversar com seus usuários toda semana.
Na prática, isso é inviável.
Ao menos, nunca conheci ninguém nas empresas por onde passei e das pessoas que conheci e troquei ideia que conseguiu implementar esse contato direto de forma consistente. É custoso, sob muitos aspectos, entrevistar semanalmente usuários. E, convenhamos, existe muita coisa no dia a dia de Produto que transcende esse tempo de qualidade com o usuário.
Então, eu peguei as teorias e boas práticas e, pasmem, deixei-as na gaveta! 🤭
Porém, eu reconheço que é importante “ouvir” o usuário. Então trouxe algumas estratégias para lidar com isso, as quais compartilho a seguir: