Como a deturpação do ágil tem afetado negócios e conduzido produtos digitais ao fracasso.
O mercado de tecnologia nunca foi tão subsidiado por cases, frameworks, metodologias, e ferramentas para tornar o ciclo evolutivo das operações mais céleres, enxutos e orientadas a resultados. Mas por que muitas empresas ainda falham na execução de desenvolvimento dos produtos digitais?
Esta é uma pergunta intrigante que não existe resposta simples, por envolver uma combinação de fatores como planejamento, pessoas, processos, métodos, tecnologias e o mercado que as empresas estão inseridas. Neste artigo, analisaremos informações de diferentes fontes para construção das principais hipóteses que podem corroborar para uma reflexão analítica sobre os potenciais erros que muitas empresas cometem no dia a dia das operações aos quais são dispendiosos, desgastantes para as pessoas e muitas vezes, acabam refletindo no sucesso do produto.
Se você é membro de uma equipe de engenharia de software, independente do papel que exerce, provavelmente já ouviu alguém falar a frase: “O importante é errarmos rápido para corrigirmos rápido.” (Autor desconhecido)
Tecnicamente esta frase é perfeita, porque a identificação de um erro antecipadamente possibilita estudarmos a natureza do problema e encontrar soluções para que o erro não venha se repetir no futuro.
No processo de agilidade, o erro está intrínseco, faz parte da aprendizagem e melhoria contínua, ou seja. Os ciclos mais curtos possibilitam que os processos sejam aperfeiçoados em escalas contínuas até chegarmos no resultado almejado em curto, médio e longo prazo, a depender do projeto. Seguir esta diretriz com planejamento e de forma orquestrada, eleva a qualidade do produto que está sendo desenvolvido, torna o projeto mais enxuto e possibilita que o ativo seja lançado no mercado no prazo, custo e escopo. Mas, nota-se que muitas operações utilizam estes conceitos (ou estratégias) como uma espécie de camuflagem para errar, sem ter clareza do verdadeiro impacto que pequenas falhas somadas podem afetar o projeto na linha do tempo e por consequência, o produto a ser lançado.
Uma explicação razoável é que muitas companhias ainda desconhecem os fundamentos dos métodos ágeis e pela falta de maturidade dos processos e/ou conhecimento necessário para lidar com a essência do ágil, acabam falhando na execução.
É neste contexto que faremos um olhar reflexivo sobre como projetos fundamentados por processos, conceitos e boas práticas de agilidade, se deturpam na execução, dando lugar a pastelaria, expressão utilizada para generalização do tudo é rápido, tudo é simples, tudo é urgente, mas nada é prioritário. É familiar para você?