Uma plataforma é criada com três elementos: unidade de valor, plataforma tecnológica, interação entre as pontas.
Uma unidade de valor é o que o produtor cria para ser consumido pela pessoa/empresa do outro lado do processo. No caso do Uber a unidade de valor é a localização e a disponibilidade do motorista. No caso do Google, são as informações de sites capturadas pelo crawler. No caso do Instagram, é a fotografia (agora é melhor falar conteúdo, dado que o Instagram está mais abrangente) que foi disponibilizada. No caso do Airbnb, o local. No caso da Sympla, a unidade de valor são as experiências disponibilizadas na plataforma. Do iFood, é a variedade de refeições (podemos ter uma discussão aqui se em vez de refeições não seria mais correto os restaurantes, mas deixemos para outra hora).
O valor de uma plataforma é percebida quando existe interações no topo da plataforma, ou seja, quando o usuário tem contato com as unidades de valor. Essas interações são criadas a partir do consumo dessas unidades de valor e daí vem a percepção do benefício.
Abundância leva a Irrelevância
É uma característica natural de negócios baseados em plataformas permitirem a criação de abundância de unidades de valor. Essa abundância pode ser maligna para a plataforma se não for controlada, levando à banalização de quem cria conteúdo e à irrelevância da oferta desse conteúdo perante o consumidor (ainda não decidi se é melhor chamar a pessoa que usa o produto de cliente ou consumidor. Ultimamente estou incomodado com a palavra usuário, embora ache ela mais adequada.