Em fevereiro de 2020, a Revista EXAME estampava em mais uma das suas capas quinzenais, um tema muito relevante onde abordou sobre a "temporada de caça aos Devs", onde" o Brasil precisa de desenvolvedores para competir num mundo cada vez mais digital. A escassez faz com que eles escolham onde trabalhar e quanto ganhar". Essa matéria mostrou como a digitalização batia na porta das grandes empresas e como o mercado de tecnologia tinha uma alta defasagem de profissionais.
Assim como a corrida por devs se tornou extremamente acirrada nos últimos anos, ainda mais durante a pandemia, áreas correlatas também tiveram crescimento exponencial e se beneficiaram pela digitalização dos negócios, entre elas UX Design e Product Management. Segundo a CNN Brasil, estima-se que em 2020, a busca de profissionais de tecnologia cresceu 670% e isso em plena pandemia.
Bandan Jot Singh, Product Lead da Booking.com, fez este levantamento, mostrando um pequeno recorte de 17 empresas digitais, entre elas Amazon, Facebook, LinkedIn, Twitter e Nubank, que existe em média, para cada profissional de produto, 7,9 profissionais de desenvolvimento e engenharia. Conforme cresce a demanda por desenvolvimento, cresce também a necessidade de profissionais de produto. Todo mundo ganha!
Além de toda digitalização que a indústria brasileira tem passado, também há o problema da falta de profissionais qualificados para ocuparem essas cadeiras. Um estudo de 2021, da Brasscom, mostra uma demanda de quase 800 mil profissionais de tecnologia em até 5 anos e, para que o país se mantenha competitivo, precisa formar, no mínimo, 70 mil profissionais por ano. Um número quase inalcançável para o padrão de educação formal em terras tupiniquins.