Muito provavelmente você já se deparou com um anúncio em qualquer ambiente midiático que você consome. Seja na sala de cinema, na TV da sua sala, no elevador que você pega ou até mesmo no seu canal favorito do YouTube, os anúncios compõem uma boa parcela do tempo em sua vida.
Mas afinal, o que está por trás de tanta publicidade no meio digital?
A resposta é AdTech! Ou melhor, tecnologias de anúncio, em livre tradução! E quase todas as empresas que conhecemos estão apostando nestas soluções como mais uma forma de rentabilizar o seu ecossistema!
Se não bastasse a Netflix que está pensando em colocar anúncios, a Disney+ anunciou recentemente que ela irá passar por uma mudança dos seus planos de assinatura, oferecendo uma versão mais barata, que contém anúncios. Mas o que para muitos pode soar como um absurdo, para os especialistas do mercado é apenas uma forma da empresa captar ainda mais recursos e investir em outras formas. A fonte de receita se torna o famoso crédito carbono para Disney que agora poderá reinvestir em novas séries, conteúdos ou como ela bem quiser!
Atualmente, se pensamos em Ads ou anúncios no meio digital, conseguimos resumir, com muito esforço, em 2 grandes gigantes: o Google e a Meta. E de fato eles são! O Google em 2021 chegou a marca de 209.49 bilhões de U.S. dólares em receita (statista) e o antigo Facebook na marca dos 114 bi! (statista), e por trás de tanta grana há ferramentas extremamente robustas e particulares, que vão do Search ao Shopping Ads, e que são desenvolvidas por diversos times de produto ao redor do mundo.
Estas equipes, por sua vez, podem estar focadas em diversas etapas até que um anúncio apareça para você usuário. Mas de uma forma resumida, conseguimos pensar em um fluxo clássico da teoria da comunicação do linguista Russo, Roman Jakobson.
Há o Emissor, a marca/a empresa/o produto, que no mundo da publicidade quer chegar ao destinatário, o usuário/o consumidor/você, com a mensagem ideal. Porém, para chegar lá é necessário passar por um canal que irá intermediar as relações por meio de modelos probabilísticos, de segmentação e leilões virtuais para garantir que o produto/mensagem certo(a) chegue ao usuário correto, pois de nada adianta anunciar um produto para quem não quer comprar ou não possui interesse.
Assim, um time de AdTech em uma fase inicial possui o foco em construir o ferramental básico para garantir que um anunciante fale com um consumidor. Uma vez que o ecossistema de publicidade da empresa começa a crescer e se tornar mais robusto, os times passam a lidar com problemas diferentes em escalas completamente desafiadoras. Aí começamos a ver anúncios hipersegmentados, mas que são assertivos e trazem maior rentabilidade para todos à sua volta. Ou até mesmo anúncios extremamente cross que casam jornadas inter-midiáticas.
O Waze, por exemplo, já fez no passado o que eles chamaram de W/OOH, ou Waze Out of Home, que une o anúncio que você vê no relógio de rua e amplifica a comunicação via o app do Waze. Ou seja, usuários nas proximidades do relógio de rua e que estão no trânsito vêem um complemento da mensagem pelo celular.
Então, como eu costumo brincar, tecnologia de anúncios ou AdTech, são muito além do "bannerzinho" ou do vídeo de alguns segundos que você interage no YouTube.
É um ecossistema inteiro, complexo, e que uma hora ou outra, passará por você no seu dia a dia.