As super galinhas das organizações

A forma que por muito tempo fomos moldados, onde acreditávamos que para obter um time de sucesso e alta produtividade precisamos de super pessoas, apenas os mais brilhantes e criativos

As super galinhas das organizações
Photo by Henrique S. Ruzzon / Unsplash

No. Tedx apresentado por Margaret Heffernan (disponível neste link: Texdx_margaret_heffernan), ela usa o exemplo de um estudo científico feito por Willian Muer com galinhas para traçar de forma surpreendente um paralelo entre o nosso sistema de times e de gestão.

Neste estudo, foram criados dois bandos: o primeiro com as galinhas individualmente mais produtivas - as super galinhas - e no outro as galinhas com produtividade mediana. Isto foi feito por seis gerações, para que desta forma pudesse avaliar a melhor produtividade.

E ao final dessas seis gerações, o que se descobriu foi: o grupo das galinhas mediadas estava indo bem e a produção de ovos havia aumentado; e no grupo das super galinhas só restavam três galinhas vivas, pois este bando se bicavam até a morte.

Mas o que isto tem haver com times e pessoas?

E isto está relacionado a forma que por muito tempo fomos moldados, onde acreditávamos que para obter um time de sucesso e alta produtividade precisamos de super pessoas, apenas os mais brilhantes e criativos. E essas pessoas super criativas, muitas vezes entendem que para continuarem com sua alta produtividade individualmente precisam suprimir as outras pessoas.. Contudo, o resultado é igual ao estudo científico, times com alto grau de agressividade, desperdício e deficiência.

Baseado nisso, ficou no ar a pergunta: Como fazemos para ter times mais produtivos?

O MIT realizou um estudo e conclui que os times mais produtivos possuíam algumas características em comum, eram elas:

  1. Os times mostraram alto grau de sensibilidade social entre si;
  2. Os times dividiam igualmente o tempo, de uma forma que não tivessem pessoas trabalhando demais ou de menos;
  3. Os times possuíam em sua composição mais mulheres.


A conclusão é que times mais bem sucedidos possuem cooperação, estão dispostos em ajudar e serem ajudados, tinham confiança em seus pares, além de abertura para aprender e serem sinceros.

Gestão 3.0 e como suas 6 visões podem ajudar

Há algum tempo, a gestão 3.0 ou também conhecida como Management 3.0, veio para atuar em um ambiente novo, mais complexo e dinâmico. Essa gestão criada por Jurgen Appelo tem como foco as pessoas, mudando a organização e trabalho dos times.

Para alcançar essa melhor gestão mais humanizada, o Management 3.0 possui seis visões, sendo elas:

  1. Energizar pessoas: Valorização do capital humano com engajamento das pessoas, mantendo elas criativas e motivadas;
  2. Empoderar times: Times auto-organizados e com líderes/gestores que confiam e promovam essa auto-organização;
  3. Alinhar restrições: O time precisa de liberdade para se organizar e tomar decisões, mas é preciso deixar claro as regras, limites e restrições existentes;
  4. Desenvolver competências: Faz parte do escopo do gestor contribuir com o desenvolvimento individual dos membros do time e do time como um todo;
  5. Aumentar as estruturas: Busca incentivar o crescimento da companhia através de colaboração, boa comunicação e foco em metas;
  6. Melhorar tudo: É preciso buscar melhorias constantes, melhorando processos, times e pessoas a fim de reduzir falhas e tornar o trabalho mais efetivo.

A visão 3.0 de gestão coloca as pessoas na frente do processo, além de pregar que as empresas são ambientes complexos, exatamente porque empresas são formadas por pessoas.

Referências: